terça-feira, 18 de junho de 2013

Somos todos exemplo de e para alguém

A habituação nasce através da visualização consecutiva e consequente assimilação de traços de personalidade, da atitude comportamental e da mentalidade com que aborda os diversos ambientes e pessoas no quotidiano.

Todo o processo de comunicação e de interligação diário, pela sua rapidez e características  formam na mente linhas de orientação, muralhas protectoras e pontes de aproximação, tudo coordenado pela tabela de prioridades, de orgulho e do que aceita ser o seu limite de tolerância. 
O conceito que tem de si, nos diferentes enquadramentos diários, pode ser visto como o resultado do que está a pensar ser capaz, ter direito e qual a sua competência. Tudo existe para provar a si mesmo que é capaz, sendo que é a sua mente é a origem da dúvida que implanta a certeza de que não conseguirá chegar ao local pré-estipulado para que sinta satisfação, prazer, sucesso e orgulho de si mesma(o).  
Neste ponto gostaria de chamar à atenção, o papel dos vários exemplos que seguiu e memorizou ao longo do seu crescimento, porque são eles a base de todo o seu funcionamento actual. Este alerta adquire especial importância em momentos de exigência elevada, de desconforto e de dor, momentos que podem originar o despontar de associações adquiridas através da assimilação de exemplos passados.
A verdade é que os bons exemplos são bem-vindos e são vistos como excelentes formas de viver a vida, porém e pelo facto de tudo coexistr em dualidade, traz consigo o "outro lado", originando semelhante assimilação de critério, conteúdo e forma de ser/estar.
Outro facto, fortissimo, é que a responsabilidade de assumir o papel de ser "o" exemplo para quem está próximo, faz com que a mente seja orientada a adoptar um determinado critério, registo e perfil estável, constante e controlado. À primeira vista, esta constatação é evidente, tanto pela lógica como a visão que cria, mas o que habitualmente acontece na mente humana é a ruptura do que está a sentir e a pensar.
Mantendo o foco no impacto do exemplo adquirido, o processo de crescimento e as diferentes fases de descoberta pessoal, podem ser observadas enquanto refexo do modo de como aconteceu a transformação emocional.
Apesar de todos nascermos da mesma forma, algo acontece que vai orientando a mente individual para a aceitação de um determinado significado de vida, para a habituação de um determinado registo pessoal e, muito importante, a cristalização de uma determinada imagem pessoal. O exemplo adquirido, muitas vezes observado ao longo de muitos anos, tem um impacto tão forte na "mente adulta" - sempre senti muita dificuldade de associar a idade adulta a este conceito - que inconscientemente activa comportamentos agressivos, negativos, desenquadrados e com o tempo, auto-destrutivos.
A realidade é que somos o exemplo de e para alguém. Neste prisma, a lógica e a racionalidade adquire um conceito novo e para muitos inesperado, porque diz uma coisa clara e simpes: 
Mais que procurar o exemplo no exterior, tem que adoptar a postura e intervir com a mentalidade, que será vista, recebida e partilhada como o exemplo a ser seguido. Pense nisto na próxima vez que pensar que nada faz sentido...
Mentor Nuno Reis Esteves

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